Ética e cuidado na prática psicanalítica
- Natalia Soares
- 6 de mai.
- 1 min de leitura
A prática da psicanálise exige cuidado, sobretudo quando lidamos com a psicopatologia. Freud já apontava a importância do tripé formativo: análise pessoal, supervisão e estudo teórico. Esse percurso não é simples — exige tempo, disciplina e um forte compromisso ético-político.
Freud também valorizava uma formação plural, integrando saberes diversos como filosofia, medicina, arte e religião. Essa abertura é essencial para lidarmos com a complexidade da escuta clínica e dos dilemas humanos que surgem nela.
No exercício da clínica, é comum sermos pressionados por demandas externas que não condizem com o lugar do analista — como emitir laudos para justificar internações, interferir em disputas judiciais ou reforçar diagnósticos em contextos escolares. A função da psicanálise, no entanto, não é servir à rotulação ou à exclusão, mas sustentar a singularidade de cada sujeito.
Nos momentos de dúvida ou impasse, é fundamental que possamos pausar, refletir e buscar suporte — seja na supervisão, na escuta de colegas ou no retorno à teoria. Esses são os pilares que sustentam uma prática ética e comprometida com o sujeito em análise.
Se você é psicanalista ou estudante de psicanálise e quer aprofundar sua escuta ou pensar sua clínica com mais segurança, entre em contato comigo para agendar uma supervisão ou consulta.
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